Thursday, March 29, 2007

O que é O que é

Os momentos de fragilidade exposta..
São aqueles que seria impossível explicar o porquê ou como se vê, mas tudo está ali, tão claro, tão simples que o 'estar vulnerável' esbarra nos limites entre o que é seu e o que é do outro. Um bater de dedos, um olhar direcionado a nada que esclarece o que se passa nas mentes alheias, um levantar e sentar indissociáveis, um gole de cerveja e um trago - rápidos demais.
Por que negar essa previsibilidade? Por que fingir que somos todos infinitamente complexos quando até essa complexidade pode ser exposta sutilmente? É como se o seu corpo pedisse pra ser desvendado, sem que você queira, sem que você faça questão de ser. Simplesmente sendo.

A convivência com seres humanos me faz bem justamente porque esse constante esconder-revelar-esconder-revelar torna-se um jogo divertidíssimo de se jogar. A brincadeira da telepatia de fundos falsos.

Mas como todo o jogo existe a frustração, a perda e a vitória de alguém. E perder aqui é muito mais do que meramente não-descobrir ou não-revelar: torna-se a impossibilidade de desvendar por trás de códigos comuns, o que daquele olhar ou daquele gesto que tanto te ferem, atacam, ou simplesmente olham e gesticulam, o que deles te mantem ali.

O motivo que te mantem ali..

Saturday, March 03, 2007

Adeus Você

Adeus você
Eu hoje vou pro lado de lá
Eu tô levando tudo de mim
Que é pra não ter razão pra chorar
Vê se te alimenta
E não pensa que eu fui por não te amar

Cuida do teu
Pra que ninguém te jogue no chão
Procure dividir-se em alguém
Procure-me em qualquer confusão
Levanta e te sustenta
E não pensa que eu fui por não te amar

Quero ver você maior, meu bem
Pra que minha vida siga adiante

Adeus você
Não venha mais me negacear
Teu choro não me faz desistir
Teu riso não me faz reclinar
Acalma essa tormenta
E se aguenta que eu vou pro meu lugar

É bom às vezes se perder
Sem ter porquê, sem ter razão
É um dom saber envaidecer
Saber mudar de tom

Quero não saber de cor tão bem
Pra que minha siga adiante